Em minha experiência profissional
como psicóloga voluntária, em instituições e hospitais, eu deparei com as mães
que tem filhos com deficiência e nos seus cuidados e amor para com eles.
Existem os extremos, há mães que se
preocupam com eles e até sonham para que estes tenham uma vida normal, porque
sabem que um dia elas não estarão mais no planeta Terra e até superprotegem-nos.
E outras, rejeitam as crianças com deficiência porque acham que dá muito trabalho.
A meu ver estas últimas ainda não aprenderam a lição de amor, resignação e
paciência, enquanto não souberem ter, o universo vai cobrar. Em ambos casos,
atrapalha no desenvolvimento da capacidade máxima dessas crianças, de um lado,
a superproteção não propicia a criança com deficiência descobrir as suas
potencialidades, habilidades e capacidades para ter uma vida independente e de
outro, a negligência caracterizada como falta de apoio, carinho, afeto e amor, deturpa
no desenvolvimento do indivíduo com deficiência.
Filho é para sempre, dá trabalho,
mas porque as mães tiveram filhos e que depois não querem educar e nem importar-se
com eles, ou simplesmente deixam nas mãos de babás? Tiveram uma escolha: o de ser mãe e não existe
ex-filho! Se não tem capacidade de cuidar por “n” razões e/ou nem condições
financeiras (há casos que possuem condições financeiras e nem querem saber que
esses filhos existem!), encaminhar para adoção, quem sabe o destino da criança é
estar em uma família que possa dar uma vida de harmonia e amor. Lamentável que
as adoções demoram muito para acontecer, já ouvi casos de há anos que as
instituições nem deram resposta jurídica aos pais adotantes que poderiam ficar
com a criança! Alguma solução deve ter!
No ventre, já nas primeiras
multiplicações celulares para transformarem em feto, estes já sentem as emoções
das mães, se elas amam-no ou não. Daí justifica-se para as relações familiares
harmoniosas ou perturbadas. Nem preciso dizer que as consequências serão por
conta das escolhas feitas pelas mães que nortearão o futuro das crianças com
deficiência.
Contudo, ser mãe é uma escolha de
responsabilidade, abnegação, amor incondicional (como dizia Chico Xavier: “O
AMOR NÃO PRENDE, LIBERTA! AME PORQUE ISSO FAZ BEM A VOCÊ, NÃO POR ESPERAR ALGO
EM TROCA. CRIAR EXPECTATIVAS DEMAIS PODE GERAR DECEPÇÕES. QUEM AMA DE VERDADE,
SEM APEGO, SEM COBRANÇAS, CONQUISTA O CARINHO VERDADEIRO DAS PESSOAS”), companheirismo, apoio emocional independente das
circunstâncias, estar presente nas horas boas e ruins, dar exemplos (principal
responsabilidade) de valores morais e espirituais, propiciar estímulos sensoriais
(auditivas, olfativas, visuais, táteis e sinestésicas) ajudando-o no
desenvolvimento e acima de tudo, deixar o filho fazer as escolhas na vida, pois
cada um tem uma missão na terra e as experiências são unicamente dele. A partir
destas, é que ele poderá optar o entre o bem e o mal, o universo reagirá de
acordo com essa opção do filho, seja ele com deficiência ou não.
Feliz dia das mães!